Previdência Privada

Mudança nas regras para aposentadoria pela previdência social levam mais pessoas a optar por planos de previdência privada, que batem recorde de investimento.
O cenário atual da Previdência Social no Brasil tem impactado o acesso dos trabalhadores à aposentadoria. O governo federal fechou o ano de 2015 com um déficit de mais de R$ 40 bilhões, e as despesas da Previdência crescem 1,9% acima da inflação média pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA). Por outro lado, os planos privados de previdência são uma alternativa cada vez mais atrativa. Entre janeiro e setembro do ano passado, os fundos desses investimentos captaram R$ 26,1 bilhões, um crescimento de 45,8% em relação ao mesmo período de 2014, acima inclusive das aplicações em renda fixa.
Os fundos de previdência privada projetam, para o ano de 2016, um aumento de 15% nas reservas acumuladas, levando em conta uma remuneração de 14% a ser paga aos investidores. Tamanho otimismo se deve ao cenário econômico nacional e ao potencial de investimento. A Previdência Privada no Brasil tem procura por apenas 8% dos correntistas.
Há diversas vantagens. Além de ser uma forma de poupar para projetos, como comprar uma casa ou pagar a faculdade dos filhos, os recursos desses planos não integram o inventário em caso de falecimento, o que garante liquidez imediata para os herdeiros do titular. Outro atrativo é o fiscal. Os planos da modalidade PGBL permitem que o participante abata o valor das contribuições previdenciárias da base de cálculo do Imposto de Renda em até 12%, desde que ele faça sua declaração no modelo “completo”. Já na modalidade VGBL, não existe essa possibilidade. Mas, em compensação, quando o investidor se aposentar e recebe todo o valor aplicado, terá de recolher o Imposto de Renda apenas sobre a rentabilidade do que aplicou, e não sobre o total acumulado, como terá de fazer quem aplica no PGBL.

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