PREVIDÊNCIA PRIVADA

Mudanças nas exigências para aposentadoria pelo INSS aumentam a adesão por planos de previdência complementar para quem projeta uma renda mensal maior em sua aposentadoria.

Apesar de discutidas há décadas, as mudanças nas regras propostas pelo governo federal para aposentadoria surpreenderam. O tempo mínimo de contribuição passaria a ser de 35 anos para homens e de 30 anos para mulheres, e a idade mínima para receber o benefício nas regiões urbanas seria de 65 anos para homens e de 60 anos para mulheres, desde que tenham contribuído ao menos por 25 anos. Mas para receber o teto permitido pela Previdência Social, o trabalhador terá de contribuir por 49 anos.

Essa insegurança se reflete nos números das aposentadorias privadas. No primeiro semestre de 2016, as contribuições para planos de previdência complementar aumentaram 13%, acumulando R$ 52 bilhões, segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi).

As diferenças são evidentes. Pelas novas regras, homens que queriam receber aposentadoria de R$ 5.189,82 a partir de 65 anos, que hoje é o teto da Previdência Social, terão que contribuir por 49 anos. O teto do recolhimento é de R$ 570,88. Já na previdência privada, o valor de contribuição pelo mesmo período e para receber o mesmo valor ao se aposentar seria de apenas R$ 355 mensais.

É importante lembrar que a Previdência Privada tem duas modalidades: os planos PGBL e VGBL. A diferença está na tributação dos recebimentos pelo Imposto de Renda. No primeiro, a tributação é sobre o valor total do resgate. Ele conta com um benefício fiscal de reduzir do imposto até 12% da renda bruta anual, desde que o contribuinte faça a declaração completa do Imposto de Renda. Já no segundo, a tributação é sobre o rendimento do total investido. Ele é voltado para quem faz a declaração simplificada de IR ou é isento do imposto.

FONTE: Revista Porto Press

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